quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

As manchetes do Jornal da República


(atualizado em 18 de dezembro)

O "Jornal da República" não existe. Foi criação minha e de Marcello de Paschoal para a avaliação final de Projeto Gráfico, em que tínhamos que desenhar um jornal com uma série de elementos (como capitular, variações de fontes, quatro infográficos etc) usando um software de paginação que nem existe mais, o Pagemaker. Deu um enorme trabalho, perdemos muito tempo com "paus" nos computadores. Entramos no projeto há um mês e meio.

O projeto gráfico do Jornal da República é levemente inspirado no "The Seattle Times", com elementos de Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Foi desse jornal americano que tiramos o desenho da capa e a linha fina dupla, a primeira em caixa alta, a segunda em baixa, ambas separadas por fios.

Para conhecê-lo melhor, clique aqui e faça download das oito páginas. Estão em PDF. Ou seja, em arquivo leve e com boa resolução num formato que todo computador abre. E já sabemos a nota: dez.


Dom Casmurro é punk


Estreou ontem na TV Globo a microssérie "Capitu", adaptação de "Dom Casmurro", de Machado de Assis. O programa é uma daquelas obras que aparecem de vez em quando para dizer que nem só de lixo ou entretenimento rasteiro se faz a televisão. A última vez que isso aconteceu no Brasil foi há quase três anos, com "Hoje É Dia de Maria", não por acaso do mesmo diretor de "Capitu", Luiz Fernando Carvalho, um teleartesão.

Por razões profissionais, não devo escrever sobre televisão neste espaço. Mas, ao ver "Capitu", não pude resistir. Eu tenho que te dizer uma coisa: assista, é muito bom, e acaba logo (são só cinco capítulos). A série consegue ser atual sem descaracterizar a obra original, do século 18. A trilha sonora, um espetáculo, vai de Carlos Gomes a Sex Pistols. Usa e abusa de elementos cênicos pouco comuns na televisão, até mesmo nos melhores seriados americanos _como seqüências coreografadas, em que as imagens dos atores ficam congeladas, enquanto a câmera roda, ou como nas cenas da foto aí em cima, em que Bentinho e Capitu brincam de rabiscar um muro, que, na verdade, é o chão. E não é chato nem metido a difícil (como foi "A Pedra do Reino"). Cara, "Dom Casmurro" é punk!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Plano de ação



O trabalho final da disciplina de Assessoria de Imprensa, ministrada pela professora Solange Mingorance, consistiu na elaboração de um plano de ação para uma empresa real. Escolhemos a TV Bandeirantes, a Band do "CQC" (foto de baixo), fundada em 1967 por João Jorge Saad (foto de cima), um ex-mascate.

A Band é a quarta rede nacional e tem praticamente um terço da audiência do SBT, a terceira. Mas ocupa quase tanto espaço na mídia impressa quanto a rede de Silvio Santos. Isso, em boa parte (e bota boa parte nisso), graças à sua assessoria de imprensa. A estrutura é pequena, só três jornalistas, mas eficiente.

Como no nosso plano de ação não tínhamos que tirar dinheiro do bolso, sugerimos a contratação de mais jornalistas. Mas só mais dois, um fotógrafo e um redator. E bolamos várias ações. Mas, para saber quais, você terá que fazer o download do trabalho, que está em PDF. Clique aqui.


O inimigo mora na sala de estar

Tramita na Câmara dos Deputados desde 2001 um projeto de lei que, de acordo com a última versão aprovada na Comissão de Defesa do Consumidor, proíbe toda publicidade dirigida a crianças (até 12 anos), em qualquer horário e qualquer mídia (inclusive jornal e revista), e qualquer tipo de propaganda em programas infantis.

O assunto divide os críticos da publicidade infantil e publicitários e anunciantes. Os defensores da proibição argumentam, com razão, que a propaganda para crianças é perversa, pois pessoas de até sete anos não sabem diferenciá-la do restante da programação.

O projeto de lei está agora numa comissão de prisma econômico. Um deputado do DEM-DF, dono da fábrica de Coca-Cola de Brasília, argumentando (também com razão) que proibir a publicidade atenta contra princípios básicos do capitalismo, apresentou um substitutivo ao projeto que apenas disciplina o que seria propaganda abusiva para crianças, sem qualquer veto à sua veiculação.

O assunto é polêmico e ainda vai dar muito pano pra manga. Quer saber um pouco mais sobre a questão? Então faça aqui o download de power point (em formato de vídeo) que apresentei em agosto passado em um seminário da Rio Mídia, autarquia da Prefeitura do Rio de Janeiro que produz conteúdo de mídia para as mais de 1.000 (isso mesmo) escolas municipais cariocas. O site da Rio Mídia, altamente recomendável, você acessa aqui.

O material mostra que a programação infantil está em plena decadência na TV aberta e que os programas que as crianças mais assistem são programas de adultos, ou seja, inadequados para ela.